O município de Pereira Barreto foi um dos mais atingidos com os impactos ambientais decorrentes do represamento do rio Tietê na década de 1990, dando origem à Usina Hidrelétrica de Três Irmãos, construída pelo Governo do Estado de São Paulo e gerenciada pela CESP até sua concessão em 2014.
Dentre os impactos ambientais, um dos mais severos foi a inundação do território municipal, fato que ocasionou uma transformação das condições físicas do município, tornando-o semelhante a uma ilha. Os córregos afluentes do rio Tietê também tiveram suas várzeas inundadas, reduzindo assim sua extensão, além da perda de matas ciliares que foram submersas. Na área urbana, os maiores impactos foram sobre o sistema de esgoto e também de drenagem, tendo em vista que a cidade ficou restrita ao ponto mais alto do relevo, o que implicou na necessidade de construção de estações elevatórias para bombeamento do esgoto e também um complexo sistema de galerias de águas pluviais para escoamento adequado das águas de chuva.
Junto com o crescimento urbano, surgem também as necessidades de expansão da infraestrutura urbana, como aconteceu com o Conjunto Habitacional Pereira Barreto G, demandando melhorias no prolongamento de Galerias na Rua Pará. Frente a essas necessidades, o município apresentou ao Comitê de Bacia Hidrográfica Baixo Tietê em 2021 um projeto para a construção do sistema de drenagem de águas pluviais e de um dissipador de velocidade das águas para a destinação adequada da água da chuva.
A galeria e o dissipador foram projetados para escoar e reduzir a velocidade das águas pluviais na região da Rua Pará tendo como ponto de lançamento o córrego Laranja Azeda, que é um dos córregos que sofre com a inundação do reservatório de Três Irmãos.
A obra foi projetada pela equipe da Secretaria de Obras Públicas, que obteve R$ 217.837,09 financiado pelo FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), e contrapartida da prefeitura no valor de R$ 210.451,80. Os benefícios socioambientais e também econômico são muitos, especialmente à população residente no bairro e imediações (aproximadamente 2.000 pessoas), pois antes da execução da obra, a região sofria com alagamentos e até inundações, causando transtornos à vida dos munícipes, além de perdas materiais, especialmente mobílias.
Segundo o engenheiro civil Kiyoshi Madokoro, o projeto em construção prevê duas etapas, sendo que essa primeira fase está estimada para ser concluída em Janeiro deste ano. Os recursos para a segunda etapa ainda serão pleiteados. O prazo de conclusão da obra é de aproximadamente seis meses. Já a qualidade do serviço executado, é uma resposta do Poder Público Municipal, apoiado pelo Comitê do Baixo Tietê e FEHIDRO à qualidade de vida da população Pereira Barretense.