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Guaraçaí aprimora sistema de leitura de água e reduz perda financeira

A troca de parte dos hidrômetros do sistema de abastecimento de água de Guaraçaí proporcionou reduzir o problema da defasagem da micromedição, o que beneficiou significativamente a infraestrutura e econômica da Autarquia SAG

Segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – o INMETRO, os hidrômetros velocimétricos precisam ser aferidos com no máximo cinco anos de uso, pois estes perdem a precisão devido ao desgaste do rolamento do próprio equipamento, comprometendo, portanto, a leitura, que nesse caso resulta num valor inferior ao real consumido, ocasionando prejuízo financeiro para o sistema de abastecimento.

O sistema de abastecimento de água de Guaraçaí possui atualmente 3.129 ligações ativas com hidrômetros instalados e, de acordo com dados levantados na época, seria necessário a substituição de 1.110 hidrômetros, mas nesta primeira fase, foram trocados 648, o que já apresentou resultados relevantes.

A submedição – que é o caso, é uma das principais causas do que chamamos de “perdas aparentes de água”, pois são difíceis de serem detectadas, como por exemplo um vazamento, um rompimento de adutoras, etc, os quais correspondem as perdas físicas de água.

Essas perdas nos sistemas de abastecimento correspondem à diferença entre o volume total de água produzido no sistema de tratamento e à soma dos volumes medidos nos hidrômetros instalados nas ligações prediais.

A saber, há dois tipos de perdas que devem ser consideradas: as perdas aparentes e as perdas reais. As aparentes, também chamadas de perdas não físicas ou comerciais, estão relacionadas ao volume de água que foi efetivamente consumida pelo usuário, mas que, por algum motivo, não houve medição (ou tenha sido contabilizada), gerando perda de faturamento ao prestador de serviços. Por exemplo, hidrômetros inativos, com submedição, erros de leitura, fraudes, equívocos na calibração dos hidrômetros, ligações clandestinas, falhas no cadastro comercial etc. Nesse caso, a água é efetivamente consumida, mas não é faturada pelo prestador de serviços.

Já, as perdas reais, também chamadas de perdas físicas, correspondem a toda água disponibilizada para distribuição que não chega aos consumidores. São exemplos deste tipo de perda os vazamentos em adutoras, redes, ramais, reservatórios entre outras unidades operacionais do sistema. Geralmente são causadas pelo excesso de pressão, especialmente em locais mais íngremes. Os vazamentos estão associados ao estado de conservação das tubulações, qualidade das instalações, etc.

Nesse sentido, a implementação de um Programa de Monitoramento de Água do sistema de abastecimento é a principal ferramenta norteadora, que indica variações de volumes em todo sistema, prevenindo o desperdício e controlando adequadamente o consumo.

O investimento total da solução somou a quantia de R$132.665,03, sendo R$130.011,73 recurso subsidiado pelo FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) e R$2.653,30 de contrapartida do município.

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