No dia 20 de junho, o Núcleo de Comunicação Integrada do Baixo Tietê, representado por Adriana de Castro da Oikos Terra Assessoria e Planejamento Ambiental Ltda, em parceria com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê, realizou um encontro técnico intitulado “DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO”. O objetivo do evento foi identificar os principais desafios que afetam a oferta de água e outros temas relacionados aos municípios da região.
O encontro contou com a presença de representantes dos municípios pertencentes à bacia hidrográfica do Baixo Tietê. O Secretário Executivo do CBH-BT, Luiz Otávio Manfré, destacou a importância do trabalho para a atualização do Plano de Bacia, que orientará as ações e investimentos futuros. Ele também enfatizou o importante papel dos representantes municipais na identificação de problemas ambientais locais, reconhecendo a visão abrangente dos prefeitos e a necessidade de seu envolvimento.
A dinâmica do evento, conduzida por Adriana de Castro, utilizou uma ferramenta participativa para a solução de problemas. Cada município, com o apoio de uma equipe local, realizou um diagnóstico ambiental para identificar impactos negativos, suas causas e possíveis soluções, bem como a dificuldade e oportunidade de resolução. Os participantes classificaram a prioridade dos problemas em baixa, média ou alta.
Os técnicos receberam um infográfico sobre o “Uso Múltiplo dos Recursos Hídricos” para refletir sobre a qualidade da água devolvida ao meio ambiente e a consequente poluição. Quatro macrotemas orientaram as discussões: uso e ocupação do solo, água, vegetação e clima, cada um com subtemas que abrangiam desde a infraestrutura urbana até a arborização e o microclima.
Os municípios participantes destacaram problemas comuns na bacia, como drenagem, qualidade e quantidade de recursos hídricos, arborização urbana e condições das Áreas de Preservação Permanente (APPs). A necessidade de educação ambiental para a população também foi evidenciada para garantir a efetividade das ações.
Samir Nakad, representante da sociedade civil pela FIESP, trouxe à tona pontos de alerta do setor, como as mudanças climáticas, a escassez e o excesso de água, a transparência dos indicadores de efetividade dos projetos financiados pelo FEHIDRO, o pagamento por serviços ambientais em áreas rurais e mecanismos de incentivo na cobrança pelo uso da água.
José Aparecido Cruz da ECO Consultoria, responsável pela atualização do Plano de Bacia, lembrou que reuniões regionais serão realizadas para garantir a participação de todos os municípios. A primeira reunião regional está marcada para o dia 16 de julho no DAEP em Penápolis, com a presença de representantes de diversos municípios, incluindo Birigui.
O diagnóstico participativo é fundamental para a readequação do Plano de Bacia do Baixo Tietê e subsidiar a construção do PAPI-Plano de Ação de Programa de Investimento 2018-2034, que irá nortear e priorizar os empreendimentos a serem financiados pelo CBH-BT.
Com o sucesso do encontro técnico e a participação ativa dos representantes municipais, o Diagnóstico Participativo da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê deu um passo importante na direção de uma gestão mais eficiente e sustentável dos recursos hídricos da região. Os insights e discussões geradas durante o evento servirão de base sólida para o desenvolvimento de estratégias e ações que visam preservar e melhorar a qualidade de vida das comunidades locais. A expectativa é que, com a continuação do processo participativo através das reuniões regionais, todos os municípios da bacia sejam ouvidos e contribuam para a construção de um plano de ação que atenda às necessidades ambientais e socioeconômicas da região.