O município de Pereira Barreto celebra a fase final de uma significativa obra de infraestrutura hídrica, financiada pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO), marcando um avanço notável na gestão de tratamento de efluentes, com um investimento de R$ 340.487,44. Indicado em 2023 pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê após análise da Câmara Técnica, o projeto apresentado pela autarquia municipal – SAEE, consiste na instalação de um Leito de Secagem para resíduos sólidos provenientes das estações elevatórias, integrado à Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). A contrapartida municipal de R$ 47.528,56 complementa o financiamento, evidenciando o compromisso local com a sustentabilidade ambiental.
Localizado estrategicamente ao lado do sistema de pré-tratamento dentro da ETE, o novo sistema abrange 12 módulos em uma área de 258,39 m². Esta inovação possibilitará que o excedente líquido retido no lodo retirado das caixas de areia das Estações Elevatórias de Efluentes – EEE do sistema de esgoto do município, seja drenado com segurança. O sistema de secagem proposto será composto por leitos de secagem instalados no interior da área da estação de tratamento de esgoto existente, ao lado do sistema de pré-tratamento, sendo que o líquido drenado conduzido por gravidade para o interior da lagoa anaeróbica, assegurando que nenhum meio (solo, rios) seja contaminado. O objetivo é desidratar a parte sólida, decantada no sistema de tratamento de esgoto, composta por solo, pequenas partículas e organismos patógenos, denominados de “lodo” restante a parcela sólida deste lodo, a qual é disposta de forma adequada no aterro sanitário municipal.
Em Pereira Barreto a quantidade de areia que é carregada pela tubulação de esgoto é considerada muito acima do tolerável. Segundo a autarquia municipal – SAEE, responsável pela operação do sistema, em razão da existência de ligações clandestinas de água pluvial (água de chuva) nas redes de esgoto, enormes volumes de terra são conduzidos para o interior da rede de esgoto, sendo decantadas nas estações elevatórias. Essa prática clandestina, causa prejuízos ao poder público, além de reduzir a eficiência do sistema de tratamento de esgoto.
A remoção de sólidos é realizada semanalmente nas caixas de areia das elevatórias e na estação de tratamento, com um volume aproximado de 5 m³ por semana. Este procedimento traz benefícios significativos tanto para o meio ambiente quanto para os cerca de 25 mil habitantes da região. Serão revertidos em maior eficiência do sistema de tratamento de esgoto, na redução de despesas na operação do sistema, além de promover mais estabilidade e segurança ambiental ao depositar no aterro sanitário apenas a parte sólida do lodo.
A conclusão desta obra representa um marco para a cidade, reforçando seu compromisso com a preservação ambiental e a melhoria contínua dos serviços de saneamento básico.