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23 Municípios formam a Região Turística do Tietê Vivo

Nelson Eduardo Pereira da Costa, Presidente Temporário da IGR (Instância de Governança Regional) Tietê Vivo e Interlocutor Regional, concede entrevista para o Núcleo e fala sobre as riquezas turísticas da região do Baixo Tietê.

Núcleo: Quais municípios fazer parte da Região Turística Tietê Vivo e quais atrativos a complementam?

Nelson: Neste momento a Região Turística mantém a adesão de 23 municípios, todos em esforço para constituir a estrutura turística em nossa região através da prestação de informações ao Ministério do Turismo. Uma região se torna turística quando as características dos municípios integrantes são similares e complementares, com aspectos de identidade, história, cultura, economia, gastronomia, infraestrutura em comum. Em nosso caso estamos ligados ao nosso principal recurso natural, que é o rio Tietê Vivo.

Araçatuba, Avanhandava, Barbosa, Alto Alegre, Bilac, Birigui, Brejo Alegre, Braúna, Buritama, Clementina, Gabriel Monteiro, Gastão Vidigal, Guararapes, Lourdes, Luiziânia, Monções, Penápolis, Piacatu, Planalto, Santo Antônio do Aracanguá, Santópolis do Aguapeí, Turiuba e Zacarias.

Núcleo: Como é identificado o potencial turístico dos municípios, das regiões? Existe algum plano, estratégia ou mesmo projeto?

Nelson: Cada município identifica seu potencial através de recursos naturais, características históricas, edificações, equipamentos públicos e privados, etc., compondo seu inventário de possíveis atrativos turísticos, exatamente o que se executa neste momento com a pretensão de nos integrarmos todos no Mapa Turístico Brasileiro, o que somente é possível a municípios integrantes das Regiões Turísticas, sendo esta a principal estratégia da Política Nacional de Turismo, disposto na Lei Federal 11.771/2008.

Núcleo: O que acontece na Região Turística Tietê Vivo em relação a eventos, datas comemorativas, atrações, etc.? Quais os principais destaques?

Nelson: Estamos em momento decisivo para consolidação de nossa região turística, pois neste ano acontecerá a homologação pela Secretaria de Estado de Turismo e Viagens, autenticando a inclusão no Mapa do Turismo Brasileiro. A estratégia do desenvolvimento do turismo regional depende exatamente de uma Instância de Governança Regional (IGR) para gerenciar a estrutura e suas atividades, devidamente formalizada em constituição jurídica como Agência de Desenvolvimento do Turismo Regional – ADTR. Enquanto não formalizada, nossa RT vem atuando como IGR, composta com todos os Interlocutores Municipais, dirigentes dos Conselhos Municipais de Turismo (COMTUR) e convidados colaboradores, cujo grupo deu origem à constituição de GT – Grupos de Trabalho para a Comunicação e Cursos, para os Eventos Regionais, para Roteiros Regionais, para o Artesanato Regional e para a Gastronomia Regional. Estes grupos, por enquanto, serão os autores e executores dos eventos e atrações, a exemplo do primeiro deles, denominado Sabores di Buteco e que elegerá e premiará os três melhores pratos da região turística, após cada município eleger seus locais. Na final disputarão mais de 30 pratos (municipais) para então serem conhecidos os 3 melhores.

Núcleo: Os investimentos para o fomento do turismo regional são provenientes de recursos públicos, privados? Existe demanda reprimida de investimento por falta de recurso?

Nelson: É preciso ficar claro que o turismo é executado pela iniciativa privada. Compete ao Poder Público apoiar essa atividade econômica com infraestrutura, eventos públicos, divulgação, capacitações, etc, portanto recursos serão públicos e privados. Certamente que temos demanda reprimida por falta de recursos para investirmos a fim de desenvolver o turismo regional. Exatamente por isso é que se estabeleceu a Política Nacional do Turismo, em plena estruturação organizada e sob critérios. Os municípios são categorizados em letras E até A, em São Paulo são MITs (Municípios de Interesse Turístico) ou Estâncias e estas classificações que permitem acessar recursos públicos tanto do Ministério quanto da Secretaria de Estado. Porém é da iniciativa privada que surgem os grandes investimentos em equipamentos e operações, a exemplo de uma Exposição Agro Pecuária, Industrial, Tecnológica, etc., ou das instalações de um kartódromo, de estruturas náuticas, Shoppings, enfim é o município, composto de público e privado, que investe para progredir na atividade turística.

Núcleo: Por que o nome da RT (Região Turística) é Tietê Vivo?

Nelson: Essa identificação vem de há bastante tempo e foi escolhido exatamente porque representa o único rio estritamente paulista que tem aqui na região a característica de navegabilidade e piscosidade, representando um rio vivo, a contrário da imagem do mesmo rio em nossa capital, sempre poluído e sob limpeza permanente. O nome intriga visitantes e a beleza e grandiosidade do rio os surpreende quando o conhecem, portanto é nosso principal apelo para trazer turistas à região.

Núcleo: Existe algum “produto turístico” com tendência para ser a identidade da Região Turística?

Nelson: Quando transformado em atrativo, o recurso natural Rio Tietê será a principal identidade. As cidades ribeirinhas como Buritama, Barbosa, Santo Antônio do Aracanguá já o utilizam como atrativo, inclusive com navegação turística e pesqueira. Para todas as outras o benefício será em decorrência dessa atratividade, porque uma vez aqui na região o turista encontrará vários roteiros regionais e locais para viverem experiências quanto às nossas características enquanto regionais, mantendo as individualidades de cada lugar.

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