Pense no panorama geral do mundo. Vivemos epidemias, fome, crise hídrica, crise de energia, devastação de florestas, ciclones, terremotos e mais. Mas temos vilões maiores que ignoramos, que são os microplásticos da água. E é culpa nossa deles poluírem rios e mares. Mas como fazer a retirada desses resíduos da natureza? Bem, este é um grande dilema que precisamos resolver logo, pois já está comprometendo a nossa saúde e dos animais, contaminando alimentos, pulmão e sangue humano e até bebês dentro da barriga de suas mães.
Uma equipe de pesquisadores australianos do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne (Rmit) desenvolveu uma nova técnica que promete revolucionar o mundo em favor do meio ambiente. A proposta é usar um tipo de pó magnético, já testado como filtro em estações de tratamento de esgoto, para fazer a retirada de microplásticos da água. Seu estudo foi publicado recentemente na revista científica Chemical Engineering Journal, revelando que o material poderia ser reaproveitado até seis vezes. De fato, uma grande notícia!
De acordo com os cientistas, este “material milagroso” consegue se grudar nas pequenas partículas de plástico, formando fragmentos de maior espessura, como mini bolos, que podem ser mais facilmente removidos da água com ajuda de ímãs. Ou seja, um pó magnético! Impressionante, não? Lembrando que geralmente microplásticos da água – menores que 5 milímetros – não são possíveis de serem filtrados pelas técnicas convencionais. Estamos falando em um salto no tratamento de água!
Podemos manter a esperança, agora, de consumir direto da torneira de casa e retornar à natureza uma água mais pura. E também dar um destino melhor aos fragmentos de plástico, que devem levar 450 anos para se degradar, que não são detectáveis e nem são removíveis por meio de sistemas de tratamento convencionais. Poderíamos, assim, reduzir consideravelmente os impactos negativos e significativos para a saúde das espécies!
Infelizmente, por hora, o novo aditivo, o tal pó magnético, ainda não pode ser produzido em larga escala. Seus pesquisadores ainda estão realizando testes necessários para que a invenção possa ser levada à próxima etapa. Mas a boa notícia é que, por enquanto, os resultados mostram 100% de eficácia na separação dos microplásticos da água, detectando em questão de horas partículas milhares de vezes menores do que as já detectadas antes nas estações de tratamento de águas residuais.